A Batalha de Maratona

 Introdução

A Batalha de Maratona foi um conflito que ocorreu entre os persas e os gregos durante a Primeira Guerra Médica, no ano de 490 antes de cristo. Essa batalha teve um grande impacto não somente nas forças do império persa, como também foi responsável pelo aumento da influência de Atenas nas demais cidade-estado gregas. Além disso, foi dessa batalha que figuras importantes, como o grande general ateniense Milcíades e o corredor grego Fidípides, surgiram.


Origem do Conflito

Segundo conta Heródoto, historiador da Grécia antiga, a primeira invasão persa foi um resultado do envolvimento ateniense na Revolta Jônica, revolta essa que teria ocorrido alguns anos antes e que envolvera um grupo de cidades rebeldes gregas contrárias ao controle persa daquela região. Nesse conflito, Atenas e Erétria haviam mandado reforços aos rebeldes jônicos, o que enfureceu Dário I, o rei persa, e terminou com a destruição da capital do reino de Lídia, Sardis, uma das mais importantes cidades do império persa na época
Foi então que, segundo conta a lenda, o rei Dário, completamente enfurecido com os gregos, atirou uma flecha em direção aos céus e disse "Zeus, que me possa ser concedido a minha vingança contra os atenienses". A raiva de Dário era tamanha que, de acordo com Heródoto, ele havia ordenado para que um dos seus serventes lhe lembrasse do acontecimento todos os dias, três vezes antes do seu jantar, com a seguinte frase: 


"Mestre, lembre-se dos atenienses".

Alguns anos depois, em 494 antes de cristo, os persas finalmente controlaram a Revolta Jônica na Batalha de Lade e Dário percebeu que havia chegado o momento de impor sua vingança aos gregos. Assim sendo, ele ordenou que os seus dois melhores comandantes persas reunissem os seus exércitos e partissem em direção à Grécia. 

Os comandantes eram Dátis (um medo), e Artafernes, filho do Sátrapa de Sardis, que buscava vingança pela cidade.

Os dois reuniram um contingente enorme e bem equipado de soldados persas por terra e partiram para a região da Cicília, onde se juntaram com a colossal força naval de 600 navios persas. Essa armada naval foi construída com os tributos arrecadados dos estados persas e Dário ordenou que os generais partissem somente quando todos os navios estivessem prontos. O rei tomou essa decisão porque aquele número de navios era a mesma quantidade de embarcações utilizadas na Batalha de Lade, que tinha antes garantido a vitória à Dário e colocado um fim na Revolta Jônica. Logo, ele achava que repetir o ataque com a mesma força seria suficiente para derrotar os gregos. No entanto, apesar de todas as preocupações de Dário com o seu exército, Dátis, o general persa, queria ter certeza absoluta que eles conseguiriam obter sucesso na campanha militar, por isso, ordenou que alguns dos navios persas possuíssem transportes para os seus cavalos.
Dátis fez isso porque sabia que, trazendo a sua cavalaria, eles seriam quase invencíveis em combate, isso porque a cavalaria persa, composta por excelentes arqueiros, era uma das maiores forças do mundo na época.



Terminados todos os preparativos e com o exército e as embarcações prontas, os persas começaram sua travessia pelo Mar Egeu. A frota naval de Dário iniciou a campanha em Jônia, zarpando em seguida para Samos e depois seguindo mar adentro. Os generais queriam testar a força de seu exército, então aproveitaram para a atacar a ilha de Naxos, que tinham se unido a Liga de Delos e declarado os persas como inimigos. Assim, a ilha foi saqueada e os persas reassumiram o controle da região sem muita dificuldade. 

Logo em seguida, chegaram em Carísto, onde encontraram uma pequena resistência e tiveram que enfrentar um cerco até os Caristianos se renderem.

Naquele momento, Artafernes já tinha visto a magnitude da força do exército persa e ansiava por finalmente conseguir sua vingança. 

Sob suas ordens, os persas atracaram na baía de Aliveriou, uma região que ficava em torno de 10 a 15 milhas de distância de Erétria, e ali, percebendo que dificilmente os Eretrianos conseguiriam ajuda de Atenas a tempo, ele decidiu formar um cerco na cidade e esperar que eles se rendessem. O cerco demorou alguns dias, e durante esse tempo, diversos mensageiros de Erétria foram mandados para Atena pedindo ajuda contra os persas, mas Atenas continuava sem resposta. 

Foi então que, passado muito tempo e sem esperanças de receber qualquer ajuda, dois Eretrianos dokimoi - que em grego significa aquele que trai por dinheiro -, Euforbos e Pilagros, traíram a cidade e abriram os portões. Os persas derrotaram a resistência eretriana restante e saquearam a cidade, fazendo de escravos os eretrianos sobreviventes. Além disso, Artafernes ordenou que todos os templos de Erétria fossem queimados, como vingança pelo que eles fizeram nos templos de Sardis, a cidade de seu pai.

Depois de todas as vitórias persas acumuladas por Datis e Artafernes - que mal haviam usado sua poderosa cavalaria - os generais decidiram partir para Maratona, esperando repetir o sucesso de até então. 

Todo esse percurso de Samos até Maratona durou cerca de menos de um mês.




















Um dos motivos para os persas atracarem em Maratona foi porque Maratona ficava próxima de Erétria e era um bom lugar para que eles desembarcassem os cavalos, uma vez que toda aquela região era boa para criação desses animais. Heródoto chega a usar o termo 
enippeusai, que significa literalmente "terra boa para cavalos". Logo, os persas deveriam alimentar e dar água aos cavalos e seguir com a campanha militar.

No entanto, os dois generais não eram idiotas e além disso havia um outro motivo para os persas terem escolhido aquela região: Hippias.

Hippias era filho de um antigo governante de Atenas, Pisístrato, e chegou inclusive a governar Atenas como um tirano por um curto espaço de tempo. Assim, os dois generais acreditavam que Hippias tinha uma influência muito grande nos membros da confederação de Atenas e planejavam o restabelecer como um tirano, deixando Atenas sob controle persa. O próprio Hippias contribuiu muita com essa visão pra eles, uma vez que afirmou diversas vezes que os atenienses estavam dispostos a colaborar. 

Assim, sob ordens de Dátis ArtafernesHippias começou a se comunicar com Hiparco, filho de Carmus, o arconte de Atenas, tentando convencê-lo a aceitar os termos persas. Essa troca de mensagens entre os dois demorou por alguns dias, no entanto, no final das contas, os atenienses não aceitaram a rendição aos persas e Hippias mostrou-se completamente inútil aos generais.


Os preparativos da Batalha

Quando os atenienses souberam do desembarque dos persas no território grego próximo da sua cidade, eles decidiram partir para Maratona, liderados pelos seus dez generais, o qual o décimo era Milcíades. No entanto, antes de deixarem Atenas, e logo após as notícias da queda de Erétria, os atenienses mandaram Fidípides (um dos maiores corredores da Grécia Antiga) em direção à Esparta, para buscar ajuda dos espartanos. Um dia depois disso, uma assembleia de guerra foi formada para decidir as futuras ações que eles iriam tomar. No mesmo instante que eles discutiam na assembléia, Fidípides era liberado pelos generais espartanos para retornar à Atenas. Milcíadesum dos generais atenienses mais influentes na época, propôs um ataque imediato aos persas. Ele dizia que eles deveriam se equipar o mais rápido possível e enfrentar os persas antes que eles tivessem tempo para montar acampamento em Maratona. Milcíades sabia que a o exército persa estava acompanhado da sua cavalaria, assim como também conhecia a região de Maratona, e por esses motivos, ele queria impedir que os persas conseguissem usar da sua força mais mortal em combate. Os outros generais, no entanto, não concordaram com o seu conselho, mas decidiram deixar todo o exército preparado naquele mesmo dia da assembléia, deixando para o dia seguinte a decisão final sobre o que os atenienses iriam fazer. 

No dia seguinte, Fidípides chegou de Esparta e trouxe as notícias: os espartanos tinham se recusado a ajudar naquele momento, pois ainda era o nono dia do mês e eles não poderiam marchar até que a lua estivesse cheia, seguindo a tradição espartana de não lutar no Festival de Carnéia. Esse foi o ponto em que os atenienses decidiram marchar para Maratona, pois sabiam que Atenas tinha o segundo maior exército da Grécia, depois dos espartanos, e se não marchassem, toda a Grécia estaria a mercê dos persas. 

O exército hoplita ateniense, algo em torno de 9000 soldados, chegou em Maratona e acampou no temenos de Herakleion, um logo pedaço de terra próximo da região. Logo após eles chegarem, as tropas aliadas da cidade de Platéia também apareceram. Os platenienses reuniram todos os homens que podiam e imediatamente vieram em ajuda aos atenienses, isso porque eles acreditavam que os atenienses eram a única proteção da Península de Ática contra os persas

No entanto, mesmo um exército preparado e experiente como o ateniense não se comparava a magnitude do império persa e, para aqueles que olhavam de fora, parecia que as forças reunidas serviriam apenas como uma defesa contra os inimigos persas até que a lua estivesse cheia e a ajuda prometida pelos espartanos chegasse.















Heródoto 
conta que logo após chegarem, os generais atenienses começaram a discutir as estratégias de combate. Metade deles, liderados por Milcíades, queriam lutar imediatamente, e a outra metade, não. Além disso, alguns relatos afirmam que, ao se depararem com a grandiosidade da armada persa, os generais atenienses queriam retornar para Atenas e proteger a cidade. Daí surge a lenda de que Milcíades teria dito à Callimacus chefe dos exércitos gregos - que ele deveria escolher entre a liberdade e a subjugação. 

Esse diálogo provavelmente nunca aconteceu, e o principal motivo disso é porque essa mesma cena se repete em outro momento narrado por Heródoto, dessa vez por Temístocles e Elcibíades, na Batalha de Salamina. Assim, o que realmente deve ter acontecido é que os generais atenienses perceberam que os persas estavam em uma posição relativamente privilegiada, uma vez que tinham como manter os seus cavalos bem alimentados e prontos para o combate, e que era muito perigoso continuar com o grosso das forças de Atenas ali, uma vez que as embarcações persas poderiam reunir um contingente de soldados e atacar ao mesmo tempo Atenas e o acampamento grego em Maratona. Logo, Milcíades e os demais generais, decidiram que a melhor escolha não seria continuar com o cerco aos persas, mas se mover para Maratona e conter o avanço do acampamento inimigo.


Os exércitos

As Forças Gregas

A força grega era composta por cerca de aproximadamente 9.000 atenienses e mais 1000 platenienses que chegaram posteriormente como reforços. Eles eram soldados experientes, bem equipados e determinados, sendo compostos pelos hoplitas, soldados de infantaria pesada da Grécia antiga. Os hoplitas eram armados com capacetes, colete, um escudo grande e largo, o hólon, uma lança de perfuração e uma espada curta. A estratégia de combate dos hoplitas era a de manter o combate sempre próximo, confiando no golpe mortal de suas lanças e no impulso de seus escudos. Assim, o método mais eficaz de aproveitar as tropas hoplitas era deixando-as em fileiras curtas e com muitos soldados, dispostos em terreno firme de modo a manter a defesa conjunta que o uso dos hóplons proporcionava.

As Forças Persas

Não existe consenso a respeito do número de tropas persas, no entanto, estima-se algo em torno de 90.000 soldados. Esse exército era composto por 1000 soldados de cavalaria, 200 navios de guerra, - que tinham uma capacidade próxima de 200 homens por navio, o que totaliza 40.000 soldados de infantaria - 400 navios de suprimentos, com uma tripulação de cerca de 30 homens por navio, o que resulta em mais 13 mil homens, e 50 carregadores de cavalos dispostos nas embarcações. 

Quanto ao armamento dos persas, a sua força consistia em uma grande maioria de soldados de infantaria e uma pequena quantidade de cavalaria, que era dividida em unidades, tendo por base as nações de cada um dos guerreiros. Cada unidade usava a sua vestimenta e arma nacional e tanto a infantaria quanto a cavalaria tinha equipamentos muito parecidos, as armas de longo alcance, como arco e javelin. Assim, o número de combatentes no exército persa era colossal, mas a mistura de diferentes nacionalidades (arqueiros da Etiópia, espadachins indianos, cavaleiros das estepes da Ásia) e diferentes tipos de armas, fazia com que a força de ataque não tivesse uma coerência como a dos gregos.


A Batalha de Maratona

Um dos primeiros impulsos que fizeram Milcíades decidir atacar os persas foi perceber que a cavalaria inimiga não estava em sua totalidade nos campos. Os generais gregos suspeitavam que os persas haviam feito exatamente o que eles temiam, ou seja, embarcado a cavalaria nos navios com o objetivo de dar a volta no território grego e atacar a capital Atenas. Se esse fosse realmente o plano dos persas, Milcíades sabia que isso iria demorar alguns dias, uma vez que eles precisavam preparar todos os navios antes de zarpar. Isso dava a vantagem de que a cavalaria persa não estaria em combate, pelo menos não completamente. Assim, Milcíades, sem esperar mais pela ajuda dos espartanos, atacou, usando uma nova e perigosa tática.

A decisão de lutar adotando uma nova formação estratégica, completamente contrária à clássica linha hoplita usada pelos atenienses, ocorreu logo que Milcíades percebeu a diferença de números entre os dois exércitos. Ele reuniu sua força de cerca de 8.000 homens e estabeleceu a clássica linha hoplita. No entanto, percebeu que a linha frontal dos persas era muito superior em comprimento que a dos gregos e isso poderia acabar com uma quebra dos seus flancos. Assim, ele decidiu reduzir o número de homens que compunham as fileiras hoplitas principais e concentrou um grande contingente de soldados nos flancos. Dessa forma, o seu exército adquiriu o mesmo comprimento que o dos persas (o que os impedia de cercá-los pelos flancos), contando com duas fileiras hoplitas no fronte e 8 fileiras de hoplitas nos flancos.

O plano do exército grego era manter o centro persa ocupado tempo o bastante para que os seus dois flancos conseguissem quebrar as forças persas nas laterais e cercassem o exército inimigo. O general que concebeu esse plano era familiar com a tática persa de colocar o seu comandante no centro do exército junto com as suas melhores tropas. Logo, Milcíades sabia que eles não conseguiriam derrotar o centro persa em um ataque frontal, mas se, de alguma forma, eles conseguissem atacá-los pelos flancos, eles poderiam quebrar o centro.













Segundo Heródoto, para que essa tática funcionasse, os atenienses precisavam manter o menor número possível de baixas no fronte, de forma que eles conseguissem segurar tempo o bastante as tropas persas das primeiras fileiras. Logo, os hoplitas que compunham as duas fileiras centrais não poderiam sofrer grandes perdas antes do contato direto entre os dois exércitos. Pensando nisso, Milcíades ordenou que eles atacassem as linhas persas enquanto corriam, de forma a evitar as flechas inimigas. Além disso, outra razão para a corrida dos gregos é que se eles dessem tempo para os persas se recuperarem do ataque surpresa inicial, o exército inimigo conseguiria rapidamente formar uma barreira defensiva.
















No fim das contas, os persas realmente ficaram muito surpresos com o ataque, mas o que mais surpreendeu o exército inimigo foi que a linha de hoplitas marchava sem o suporte de cavalaria ou arqueiros, completamente eufóricos e ignorando as flechas atiradas contra eles. Assim, a batalha começou, com o fator surpresa beneficiando os gregos, e os persas demoraram para organizar as suas fileiras de defesa. O resultado foi um massacre das primeiras fileiras persas. 

A batalha continuou por muito tempo, até que por fim o centro grego quebrou devido aos disparos de flechas dos persas, e os soldados começaram a fugir para o acampamento, deixando somente os flancos de pé. No entanto, assim como previram, o centro persa, cada vez mais enfraquecido, acabou cedendo também e debandou em fuga, assim como as tropas dos flancos. A grande derrota das forças persas ocorreu porque a cavalaria e a infantaria operaram separadamente e lutaram separadamente. A cavalaria - reduzida consideravelmente em números - foi disposta à parte da formação das tropas. Isso, porque os cavaleiros estavam muito próximos da encosta, e Dátis - o general persa - sabia que a cavalaria não surtiria o mesmo efeito contra os soldados hoplitas gregos ali como se estivesse em terreno plano, que ficava um pouco mais acima de onde os barcos estavam. Assim, os persas esperavam o momento que os atenienses chegassem no terreno plano, onde a cavalaria destruiria eles. Além disso, eles também acreditavam que a infantaria sozinha seria o suficiente para destruir a infantaria grega, subestimando completamente os inimigos. 

Todo esse cenário de combate fora previsto por Milcíades e os outros generais gregos, que sabiam que se toda a cavalaria permanecesse em combate, eles seriam facilmente derrotados, logo, esperaram por melhores condições de batalha antes de atacar. 

Por fim, a cavalaria, não podendo participar de forma alguma da batalha, bateu em retirada e retornou para os barcos. Os fugitivos do acampamento persa escaparam pela costa de Vorro ou para o leste através do pântano até Schoeniá.

Pausânias, um dos veteranos da Batalha de Maratona, descreve em seus relatos uma pintura que foi feita do conflito, presente no Stoa Poikile, um lugar de acesso público que ficava em Atenas. Nessa pintura, a batalha é separada em três fases. A primeira fase mostra os atenienses e os platenienses se juntando para lutar contra os persas e a batalha eventualmente começando; na segunda, os persas fugindo da batalha e empurrando uns aos outros dentro do pântano; e na terceira, os barcos fenícios e gregos matando os persas enquanto afundam as navegações inimigas.

O pântano mencionado por Pausânias é um grande pântano que alguns historiadores acreditam ter existido na época da batalha.

Por fim, os barcos persas que estavam ancorados - protegidos pelo cabo de Cynosoura - atracaram na praia de Schinia e começaram a embarcar os fugitivos. Foi nesse momento que os atenienses atacaram as embarcações, capturando 7 navios e pondo um fim a uma das maiores batalhas da história de Atenas.

Os persas continuaram na baía de Maratona por algum tempo, até que Dátis Artafernes enviaram alguns sinais de luz com os seus escudos para os outros navios. Os atenienses perceberam os sinais e, ao ver que os barcos não estavam partindo, mas sim contornando a costa, perceberam que a ordem dos generais era atacar Atenas. No entanto, os atenienses conheciam uma rota mais rápida da região e chegaram muito antes que os seus inimigos na cidade, tendo tempo para armar as defesas e preparar os seus homens. 

Os persas, ao verem que a cidade estava bem defendida, ancoraram os navios por alguns dias e, por fim, decidiram voltar para a Ásia.


O mito de Fidípides

Após o fim da batalha, Milcíades pediu que Fidípides corresse para Atenas e avisasse que os gregos haviam derrotado os persas, assim, o corredor partiu em disparada através dos 42 km de distância que separavam Maratona e Atenas e anunciou a vitória, morrendo logo em seguida de cansaço. É por esse motivo que a tradição estabelece como 42 Km a extensão do percurso desse tipo de corrida oficial.

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